O Governo Federal e as Forças Armadas distribuíram 2,8 milhões de comprimidos de cloroquina produzidos pelos laboratórios do Exército e Marinha à população de todos os estados brasileiros, revelam documentos inéditos obtidos pela Agência Pública via Lei de Acesso à Informação. A maior parte desses medicamentos, mais de 2,4 milhões, foi distribuída via Ministério da Saúde a secretarias de saúde de estados e municípios. O restante, cerca de 441 mil comprimidos, foi enviado pelas próprias Forças Armadas a hospitais militares, depósitos e postos de saúde ligados ao Exército, Marinha e Aeronáutica.

De acordo com documentos enviados pelo próprio Exército, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEx) e o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) produziram ao todo 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina em 2020. A quantidade foi 25 vezes a produção habitual por ano: o Exército respondeu à Pública que, antes da pandemia, o laboratório produzia “250 mil comprimidos a cada dois anos para o combate à malária”. O Exército não informou o destino de 348 mil comprimidos produzidos em 2020, mas que não constam nos registros de envio ao Ministério da Saúde ou a unidades militares.

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