No mês passado, o Canadá fez uma compra de 75 milhões de seringas e agulhas. Para um único fabricante, os Estados Unidos já encomendou 190 milhões de unidades desses materiais. No começo de agosto, a União Europeia alertou seus países membros sobre uma eventual falta de material para a vacinação contra o coronavírus, na expectativa da chegada de uma vacina segura e eficaz nos próximos (muitos?) meses. Assim como aconteceu uma forte disputa por máscaras médicas, álcool em gel e respiradores, a concorrência por insumos para uma possível vacinação contra o coronavírus já está ocorrendo.

Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Instituto Aggeu Magalhães e com ampla experiência no desenvolvimento de vacinas, Rafael Dhalia lembra que não são apenas seringas e agulhas que já estão entrando em uma disputa mundial. O próprio material para produção e distribuição das vacinas tem que ser incluído nessa estratégia. “Até o frasco que você usa no envase de vacinas é produzido de um tipo de areia especial, não são frascos triviais e já há disputa por ele”, diz. “Se for necessário mais de uma dose da vacina, como é bastante possível, serão necessários também mais frascos”.

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