Manifesto assinado por centenas de dirigentes políticos, intelectuais e personalidades e enviado ao grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia defende uma abordagem coletiva da pandemia, voltada aos dramas dos países em desenvolvimento.

Leia abaixo uma versão em português do Manifesto, com tradução de Wilson Jr, da equipe do Observatório:

Manifesto para uma ação conjunta contra a pandemia

Escrevemos para pedir uma atuação imediata coordenada em nível internacional —nos próximos dias— para fazer frente às graves crises sanitárias e econômicas mundiais derivadas da Covid-19.

O comunicado da Cúpula Extraordinária de Líderes do G20, em 26 de março de 2020, reconheceu a gravidade e a urgência da saúde pública e das crises econômicas entrelaçadas, mas agora exigimos medidas específicas urgentes que podem ser acordadas com rapidez e escala: apoio de emergência a iniciativas globais de saúde lideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e medidas de emergência para restaurar a economia global. Ambos exigem que os líderes mundiais se comprometam a financiar muito além da capacidade atual de nossas instituições internacionais existentes.

Em 2008-2010, a crise econômica imediata pôde ser superada quando se abordou a linha de fratura econômica: a subcapitalização do sistema bancário mundial. Agora, no entanto, a emergência econômica não poderá ser resolvida enquanto não for resolvida a emergência sanitária; e a emergência sanitária não acabará apenas com a vitória sobre a doença em um país, e sim garantindo a recuperação da Covid-19 em todos os países.

Todos os sistemas de saúde —mesmo os mais avançados e mais bem financiados— estão cambaleando sob a pressão do vírus. Se não agirmos à medida que a doença se espalhe pelas cidades e pelos bairros mais pobres da África, Ásia e América Latina, com equipamentos mínimos de testes, poucos respiradores e material médico escasso, e nos quais é muito difícil implantar o distanciamento social e até mesmo a lavagem de mãos, o coronavírus persistirá nessas áreas e reaparecerá para atacar o resto do mundo em novas ondas que prolongarão a crise.

Os líderes mundiais devem se colocar imediatamente de acordo para destinar 8 bilhões de dólares (42 bilhões de reais) —como previsto pelo Conselho de Monitoramento da Prontidão Global— para cobrir as lacunas mais urgentes na resposta contra a Covid-19. As quantias deverão ser:

Um bilhão de dólares (5,2 bilhões de reais) este ano para que a OMS possa desempenhar sua função, de importância crucial, em sua totalidade. Embora a OMS tenha feito um pedido público e 200.000 pessoas e organizações tenham feito uma generosa contribuição de mais de 100 milhões de dólares, não podemos depender exclusivamente das doações de caridade.

Três bilhões de dólares (15,6 bilhões de reais) para vacinas: a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) está coordenando os esforços internacionais de pesquisa para desenvolver e produzir em massa vacina eficazes contra a Covid-19. A Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI) terá um papel fundamental na aquisição e distribuição dessas vacinas, e necessita de 4,5 bilhões de dólares (23,5 bilhões de reais) para seu reabastecimento: será necessário buscar financiamento para estas e outras necessidades futuras.

Para terapias, 2,25 bilhões de dólares (11,7 bilhões de reais); o acelerador terapêutico para a Covid-19 pretende distribuir 100 milhões de tratamentos até o final de 2020, e precisa de dinheiro para desenvolver e ampliar rapidamente o acesso a essas terapias.

Em vez de cada país —ou cada Estado ou província— competir por uma parte das reservas existentes, com o risco de um rápido aumento de preços, devemos aumentar a oferta, e para isso é necessário ajudar a OMS a coordenar a produção e a aquisição mundial de suprimentos médicos, como testes, equipamentos de proteção individual e tecnologia de telecomunicações, para atender à demanda mundial. Também será necessário reservar recursos para acumular e distribuir suprimentos essenciais.

Além disso, serão necessários outros 35 bilhões de dólares (182 bilhões de reais), como destacou a OMS, para ajudar países com sistemas de saúde mais fracos e populações especialmente vulneráveis; entre outras coisas, para fornecer suprimentos médicos essenciais, dar mais apoio às equipes nacionais de saúde e reforçar a resistência e a preparação de cada país. Segundo a OMS, quase 30% dos países não têm planos nacionais de resposta à Covid-19, e apenas metade dispõe de um programa nacional de prevenção e controle de infecções. Os sistemas de saúde nos países de renda mais baixa terão mais dificuldades, e as estimativas mais otimistas do Imperial College de Londres indicam que haverá cerca de 900.000 mortes na Ásia e 300.000 na África.

Propomos que seja convocada uma conferência mundial de doadores —com o apoio de um Grupo de Trabalho Executivo do G20— com o objetivo de alocar recursos para estas urgentes necessidades mundiais de saúde.

Os Governos nacionais têm trabalhado muito para combater o declínio de suas economias. Mas um problema econômico mundial exige uma resposta econômica mundial. Nosso propósito deve ser impedir que uma crise de liquidez se transforme em uma crise de solvência e que uma recessão mundial se transforme em uma depressão mundial. Para isso, é necessário coordenar melhor uma série de iniciativas fiscais, monetárias, de bancos centrais e antiprotecionistas. Os ambiciosos estímulos fiscais de alguns países serão mais eficazes se forem acompanhados por todos os outros países em condições de adotá-los.

Deveria ser dado, a um grupo mais amplo de bancos centrais, acesso a acordos de swap cambial; o FMI deveria assinar acordos de swap com os principais bancos centrais e utilizar esses recursos em moeda forte para oferecer ajuda financeira de emergência aos países emergentes e em desenvolvimento. Mas é vital que, para evitar demissões em massa, as garantias que forem oferecidas em cada país sejam imediatamente acompanhadas pelo apoio dos bancos locais às empresas e às pessoas.

As economias emergentes —e, em particular, as dos países mais pobres— precisam de uma ajuda especial, entre outras coisas para garantir que os recursos cheguem a todos os prejudicados pela drástica queda da atividade econômica. O FMI disse que vai mobilizar todos os seus recursos. Tem uma capacidade de empréstimo de 1,2 trilhão de dólares (6,26 trilhões de reais) e a possibilidade de destinar imediatamente 600 bilhões de dólares (3,13 bilhões de reais). Além disso, deveria haver uma atribuição adicional

de 500 bilhões a 1 trilhão de dólares (de 2,6 a 5,2 trilhões de reais) na forma de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês). Ao mesmo tempo, para garantir que cada país tenha financiamento suficiente, incentivamos os membros do FMI a permitir que sejam excedidos os limites da cota de empréstimo nos países mais necessitados.

O Banco Mundial e muitos bancos regionais de desenvolvimento se recapitalizaram recentemente, mas será necessário injetar mais dinheiro. O Banco Mundial pode aumentar a ajuda da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) aos países mais pobres até aproximadamente 25 bilhões de dólares (130 bilhões de reais) anuais e elevar a ajuda do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) aos países de renda média de 25 bilhões a 35 bilhões de dólares anuais sem deixar de cumprir seu teto de empréstimo. Mas é provável que, como ocorreu em 2009, quando só o gasto do BIRD passou de 16 bilhões para 46 bilhões de dólares, seja necessário ampliar muito mais os recursos disponíveis, para ele e para os bancos regionais de desenvolvimento.

Para poder exercer suas responsabilidades de ajuda humanitária e para atender aos refugiados e às pessoas deslocadas, cuja situação tem muitas probabilidades de se tornar desesperadora, os organismos da ONU fizeram nesta própria semana um apelo para arrecadar 2 bilhões de dólares (10,4 bilhões de reais).

A comunidade internacional deveria perdoar este ano os pagamentos da dívida dos países à AID, incluindo os 44 bilhões de dólares (230 bilhões de reais) devidos pela África, e pensar em um alívio da dívida no futuro.

Estamos de acordo com os líderes africanos e dos países em desenvolvimento em que, dada a ameaça existencial que se abate sobre suas economias, o golpe cada vez maior que vão sofrer seu trabalho e sua educação e sua limitada capacidade de proteger as pessoas e as empresas, serão necessários pelo menos 150 bilhões de dólares (783 bilhões de reais) para criar redes de proteção sanitária e social e outras ajudas urgentes.

Estas alocações de dinheiro devem ser aprovadas imediatamente, colocadas em andamento sob a coordenação de um Grupo de Trabalho Executivo do G20 dentro do Plano de Ação do G20 e confirmadas integralmente nas próximas reuniões do FMI e o Banco Mundial. As duas instituições econômicas principais devem receber garantias de que serão feitas mais contribuições econômicas bilaterais e de que haverá acordo sobre a necessidade de novas injeções de capital.

A solução a longo prazo consistirá em repensar radicalmente a saúde pública mundial e reformular —com os recursos necessários— a arquitetura sanitária e financeira global. A ONU, o G20 e as partes interessadas devem trabalhar em conjunto para coordenar as ações posteriores.

Assinado, Bertie Ahern – Taoiseach (Chefe de Governo) da República da Irlanda (1997-2008); Montek Singh Ahluwalia – Vice-Presidente da Comissão de Planejamento da Índia (2004-2014); Masood Ahmed – Presidente do Centro de Desenvolvimento Global; Nana Akufo-Addo – Presidente do Gana (desde 2017); Edmond Alphandéry – Ministro da Economia, Finanças e Indústria da França (1993-1995), Fundador e Presidente do Grupo Euro 50; Abdulaziz Altwaijri – Diretor Geral da Organização Islâmica da Educação, Ciência e Cultura (1991-2019) 3 ; Giuliano Amato – Primeiro Ministro da Itália (1992-1993, 2000-2001); Mohamed Amersi– Fundador e Presidente da Fundação Amersi; Louise Arbor – Representante Especial da ONU para Migração Internacional, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos (2004-2008); Óscar Aria – Presidente da Costa Rica (2006-2010) ¹; Shaukat Aziz – Primeiro Ministro do Paquistão (2004-2007) ²; Gordon Bajnai – Primeiro Ministro da Hungria (2009-2010); Jan Peter Balkenende – Primeiro Ministro dos Países Baixos (2002-2010) ¹; Joyce Banda – Presidente do Malawi (2012-2014) ¹; Ehud Barak – Primeiro Ministro de Israel (1999-2001) ³; Nicolás Ardito Barletta – Presidente do Panamá (1984-1985); José Manuel Barroso– Primeiro Ministro de Portugal (2002-2004, Presidente da Comissão Europeia (2004-2014), Presidente Não Executivo da Goldman Sachs International¹ ; Kaushik Basu – Presidente da Associação Económica Internacional, Economista Chefe do Banco Mundial (2012-2016) ); Deus Bazira – co-diretor do Centro de Prática Global de Saúde e Impacto e Professor Associado de Medicina, Centro Médico da Universidade de Georgetown; Marek Belka – Primeiro Ministro da Polônia (2004-2005), Vice Primeiro Ministro e Ministro das Finanças (2001) -2002), diretor do Departamento Europeu do FMI (2008-2010); Nicolas Berggruen – Presidente do Instituto Berggruen²; professor Erik Berglöf– Diretor do Instituto de Assuntos Globais, London School of Economics, economista-chefe do BERD (2006-2014); Sali Berisha – Presidente da Albânia (1992-1997), Primeiro Ministro (2005-2013) ³; Sir Tim Besley – Presidente da Associação Econômica Internacional (2014-2017), Professor de Economia e Ciência Política, LSE; Carl Bildt – Primeiro Ministro da Suécia (1991-1994), Ministro dos Negócios Estrangeiros (2006-2014) ¹; Valdis Birkavs – Primeiro Ministro da Letônia (1993-1994) ¹; Tony Blair – Primeiro Ministro do Reino Unido (1997-2007); James Brendan Bolger – Primeiro Ministro da Nova Zelândia (1990-1997); Kjell Magne Bondevik– Primeiro Ministro da Noruega (1997-2000, 2001-2005) ¹; Patrick Bolton – Professor de Finanças e Economia, Imperial College London, Professor, Universidade de Columbia; Lakhdar Brahimi – Ministro das Relações Exteriores da Argélia (1991-1993), enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria (2012-2014), membro dos Anciãos; Gordon Brown – Primeiro Ministro do Reino Unido (2007-2010); Gro Harlem Brundtland – Primeiro Ministro da Noruega (1990-1996), Diretor Geral da OMS (1998-2003), Membro dos Anciãos¹; John Bruton – Taoiseach da República da Irlanda (1994-1997) ¹; Felipe Calderón – Presidente do México (2006-2012) ¹; Rafael Ángel Calderón– Presidente da Costa Rica (1990-1994); Mauricio Cárdenas – Ministro das Finanças da Colômbia (2012-2018), Professor Visitante, Universidade de Columbia; Fernando Henrique Cardoso – Presidente do Brasil (1995-2002) ¹; Hikmet Çetin – Ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia (1991-1994) ³; Laura Chinchilla – Presidente da Costa Rica (2010-2014) ¹; Joaquim Chissano – Presidente de Moçambique (1986-2005) ¹; Alfredo Cristiani – Presidente de El Salvador (1989-1994); Helen Clark – Primeira Ministra da Nova Zelândia (1999-2008), Administradora do PNUD (2009-2017) ¹; Emil Constantinescu – Presidente da Romênia (1996-2000) ³; Ertharin Primo– Diretor Executivo do Programa Mundial de Alimentos (2012-2017); Herman De Croo – Presidente da Câmara de Representantes da Bélgica (1999-2007) ³; Mirko Cvetković – Primeiro Ministro da Sérvia (2008-2012) ³; Gavyn Davies – cofundador e presidente da Fulcrum Asset Management, economista-chefe e presidente do departamento de investimentos globais, Goldman Sachs (1988-2001), presidente da BBC (2001-2004); Božidar Đelić – Vice-Primeiro Ministro da Sérvia (2007-2011); Kemal Derviş – Ministro de Assuntos Econômicos da Turquia (2001-2002), Administrador do PNUD (2005-2009), Bolsista Sênior de Economia e Desenvolvimento Global, Brookings Institution; Ruth Dreifuss– Presidente da Confederação Suíça (1999), Membro do Conselho Federal Suíço (1993-2002); Mark Dybul – diretor executivo do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária (2012-2017), co-diretor do Centro de Prática e Impacto na Saúde Global e professor de medicina do Centro Médico da Universidade de Georgetown; Victor J. Dzau – Presidente da Academia Nacional de Medicina; Mikuláš Dzurinda – Primeiro Ministro da Eslováquia (1998-2006), Ministro dos Negócios Estrangeiros (2010-2012); Gareth Evans – Ministro das Relações Exteriores da Austrália (1988-1996), Presidente e CEO do International Crisis Group (2000-2009); Jeremy Farrar – Diretor do Wellcome Trust; Jan Fischer– Primeiro Ministro da República Tcheca (2009-2010), Ministro das Finanças (2013-2014) ³; Joschka Fischer – Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Chanceler da Alemanha (1998-2005); Franco Frattini – Ministro das Relações Exteriores da Itália (2002-2004, 2008-2011), Comissário Europeu (2004-2008) ³; Chiril Gaburici – Primeiro Ministro da Moldávia (2015), Ministro da Economia e Infraestrutura (2018-2019) ³; Ahmed Galal – Ministro das Finanças do Egito (2013-2014); Nathalie de Gaulle – presidente e cofundadora da NB-INOV, fundadora da Under 40³; César Gaviria – Presidente da Colômbia (1990-1994), Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (1994-2004) ¹; Felipe Gonzalez– Primeiro Ministro da Espanha (1982-1996) ²; Hamish Graham – Pediatra consultor e pesquisador do Royal Children’s Hospital e Centro de Saúde Internacional da Criança, Universidade de Melbourne; Bryan Grenfell – Kathryn Briger e Sarah Fenton Professora de Ecologia e Relações Públicas, Universidade de Princeton; Ameenah Gurib-Fakim – Presidente da Maurícia (2015-2018) ³; Sergei Guriev – Economista Chefe do BERD (2016-2019), Professor de Economia, Sciences Po; Alfred Gusenbauer – Chanceler da Áustria (2000-2008) ¹; Lucio Gutiérrez – Presidente do Equador (2003-2005); Tarja Halonen – Presidente da Finlândia (2000-2012) ¹; Ricardo Hausmann– Ministro do Planejamento da Venezuela (1992-1993), professor da Escola Kennedy de Governo, Harvard; Toomas Hendrik Ilves – Presidente da Estônia (2006-2016); Edward C. Holmes – Membro do Laureado Australiano do ARC, Professor, Universidade de Sydney; Bengt Holmström – Prêmio Nobel de Ciências Econômicas (2016); Professor de economia, MIT – Osvaldo Hurtado – presidente do Equador (1981-1984) ¹; Mo Ibrahim – Fundador da Celtel; Presidente da Fundação Mo Ibrahim²; Ekmeleddin İhsanoğlu – Secretário Geral da Organização de Cooperação Islâmica (2004-2014) ³; Dalia Itzik – Presidente Interina de Israel (2007), Presidente do Knesset (2006-2009) ³;Mladen Ivanić – Membro da Presidência da Bósnia e Herzegovina (2014-2018) ³; Gjorge Ivanov – Presidente da Macedônia do Norte (2009-2019) ³; Hina Jilani – advogada da Suprema Corte do Paquistão, membro dos Anciãos; Mehdi Jomaa – Primeiro Ministro da Tunísia (2014-2015) ¹; Ivo Josipović – Presidente da Croácia (2010-2015) ³; Mats Karlsson – Vice-Presidente de Relações Exteriores do Banco Mundial (1999-2011) ³; Caroline Kende-Robb – Diretora Executiva do Africa Progress Panel (2011-2017), Secretária Geral da CARE International (2018-2020); John Key – Primeiro Ministro da Nova Zelândia (2008-2016); Jakaya Kikwete– Presidente da Tanzânia (2005-2015); Ban Ki-Moon – Secretário Geral da ONU (2007-2016), Vice-Presidente dos Anciões¹; Frederik Willem de Klerk – Presidente Estadual da África do Sul (1989-1994); Horst Köhler – Presidente da Alemanha (2004-2010) ¹; Jadranka Kosor – Primeiro Ministro da Croácia (2009-2011) ³; John Kufuor – Presidente do Gana (2001-2009); Chandrika Kumaratunga – Presidente do Sri Lanka (1994-2005) ¹; Luis Alberto Lacalle Herrera – Presidente do Uruguai (1990-1995) ¹; Ricardo Lagos – Presidente do Chile (2000-2006), Membro dos Anciãos²; Zlatko Lagumdzija– Ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia e Herzegovina (2012-2015) 13 ; Pascal Lamy – Diretor Geral da Organização Mundial do Comércio (2005-2013) ²; Hong-Koo Lee – Primeiro Ministro da Coréia do Sul (1994-1995) ¹; Mark Leonard – cofundador e diretor do Conselho Europeu de Relações Exteriores; Yves Leterme – Primeiro Ministro da Bélgica (2009-2011) ¹; Enrico Letta – Primeiro Ministro da Itália (2013-2014); Justin Yifu Lin – Economista-chefe e vice-presidente sênior do Banco Mundial (2008-2012), decano do Instituto de Nova Economia Estrutural da Universidade de Pequim; Tzipi Livni– Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel (2006-2009); Ministro da Justiça (2013-2014) ³; Budimir Lonchar – Ministro dos Negócios Estrangeiros da SFR Iugoslávia (1987-1991); Petru Lucinschi – Presidente da Moldávia (1997-2001) ³; Nora Lustig – Presidente Emerita da Associação Econômica da América Latina e Caribe, professora de economia latino-americana da Universidade de Tulane; Graça Machel – Ministro da Educação e Cultura de Moçambique (1975-1986), Vice-Presidente dos Anciãos; Mauricio Macri – Presidente da Argentina (2015-2019); Jamil Mahuad – Presidente do Equador (1998-2000); John Major – Primeiro Ministro do Reino Unido (1990-1997); Moussa Mara– Primeiro Ministro do Mali (2014-2015) ³; Giorgi Margvelashvili – Presidente da Geórgia (2013-2018) ³; Paul Martin – Primeiro Ministro do Canadá (2003-2006) ²; Ricardo Martinelli – Presidente do Panamá (2009-2014); Beatrice Weder di Mauro – Presidente, Centro de Pesquisa de Política Econômica (CEPR), Professora de Economia Internacional, Instituto de Pós-Graduação em Genebra; Thabo Mbeki – Presidente da África do Sul (1999-2008) ¹; Péter Medgyessy – Primeiro Ministro da Hungria (2002-2004) ³; Rexhep Meidani – Presidente da Albânia (1997-2002) ¹³; Stjepan Mesić – Presidente da Croácia (2000-2010) ¹³; Benjamin Mkapa– Presidente da Tanzânia (1995-2005) ¹; Mario Monti – Primeiro Ministro da Itália (2011-2013) ²; Amre Moussa – Secretário Geral da Liga Árabe (2001-2011), Ministro das Relações Exteriores do Egito (1991-2001) ³; Joseph Muscat – Primeiro Ministro de Malta (2013-2020) ³; Dawn Nakagawa – vice-presidente executivo do Berggruen Institute; Andrew Natsios – Professor Executivo, Escola Bush de Governo e Serviço Público, Administrador da USAID (2001-2006); Bujar Nishani – Presidente da Albânia (2012-2017) ³; Gustavo Noboa – Presidente do Equador (2000-2003); Olusegun Obasanjo – Presidente da Nigéria (1999-2007); Ngozi Okonjo-Iweala– Presidente do Conselho da Aliança Global para Vacinas e Imunização, Ministro das Finanças da Nigéria (2011-2015); Jim O’Neill – Presidente da Chatham House; Djoomart Otorbayev – Primeiro Ministro do Quirguistão (2014-2015) ³; Roza Otunbayeva – Presidente do Quirguistão (2010-2011) ¹; Leif Pagrotsky – Ministro da Indústria e Comércio e Ministro da Cultura e Educação da Suécia (1996-2006); Ana Palacio – Ministra das Relações Exteriores da Espanha (2002-2004) ³; Geoffrey Palmer – Primeiro Ministro da Nova Zelândia (1989-90), Presidente da Comissão de Direito da Nova Zelândia (2005-2010); George Papandreou – Primeiro Ministro da Grécia (2009-2011) ³; Andrés Pastrana– Presidente da Colômbia (1998-2002) ¹; PJ Patterson – Primeiro Ministro da Jamaica (1992-2005) ¹; Christopher Pissarides – Prêmio Nobel de Ciências Econômicas (2010), Professor de Economia e Ciência Política, LSE; Rosen Plevneliev , Presidente da Bulgária (2012-2017); Romano Prodi – Primeiro Ministro da Itália (2006-2008), Presidente da Comissão Europeia (1999-2004); Jan Pronk – Ministro da Cooperação para o Desenvolvimento, Países Baixos (1989-1998), Professor Emérito do Instituto Internacional de Estudos Sociais, Haia; Jorge Quiroga – Presidente da Bolívia (2001-2002) ¹; Zeid Raad al Hussein– Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (2014-2018), Membro dos Anciãos; Iveta Radičová – Primeiro Ministro da Eslováquia (2010-2012) ¹; Jose Ramos Horta – Presidente de Timor Leste (2007-2012) ¹; Oscar Ribas Reig – Primeiro Ministro de Andorra (1990-1994); Mary Robinson – Presidente da Irlanda (19990-1997), Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Presidente dos Anciãos¹; Miguel Ángel Rodríguez – Presidente da Costa Rica (1998-2002); Dani Rodrik – Presidente Eleito da Associação Econômica Internacional, Professor de Economia Política Internacional, Universidade de Harvard; Petre Roman – Primeiro Ministro da Romênia (1989-1991) ¹; Kevin Rudd– Primeiro Ministro da Austrália (2007-2010, 2013) ²; Jorge Sampaio – Presidente de Portugal (1996-2006) ¹; Julio Maria Sanguinetti – Presidente do Uruguai (1985-1990, 1995-2000) ¹; Juan Manuel Santos – Presidente da Colômbia (2010-2018), Prêmio Nobel da Paz (2016), Membro dos Anciãos; Kailash Satyarthi – Prêmio Nobel da Paz (2014), Fundador de Bachpan Bachao Andolan, Marcha Global Contra o Trabalho Infantil e Campanha Global pela Educação; Wolfgang Schüssel – Chanceler da Áustria (2000-2007); Ismail Serageldin – Vice-Presidente do Banco Mundial (1992-2000), Co-Presidente do NGIC; Rosalia Arteago Serrano , Presidente do Equador (1997); John Sexton– Presidente Emérito, Universidade de Nova York, Presidente (2002-2015), Decano, Faculdade de Direito da NYU (1988-2002); Jenny Shipley – Primeira Ministra da Nova Zelândia (1997-1999) ¹; Ellen Johnson Sirleaf – Presidente da Libéria (2006-2018), Membro dos Anciãos; Javier Solana – Secretário Geral do Conselho da UE (1999-2009), Secretário Geral da OTAN (1995-1999) ¹; George Soros – Fundador e Presidente das Fundações da Open Society; Michael Spence – Prêmio Nobel de Ciências Econômicas (2001), William R. Berkley Professor de Economia e Negócios, NYU²; Devi Sridhar – Professor de Saúde Pública Global, Universidade de Edimburgo; Nicholas Stern– Economista-chefe e vice-presidente sênior do Banco Mundial (2000-2003), economista-chefe do BERD (1994-1999) e professor de economia e governo, LSE; Joseph Stiglitz – Economista-chefe do Banco Mundial (1997-2000), Prêmio Nobel de Ciências Econômicas (2001), professor da Columbia University²; Petar Stoyanov – Presidente da Bulgária (1997-2002) ³; Laimdota Straujuma – Primeiro Ministro da Letônia (2014-2016) ³; Federico Sturzenegger – Presidente do Banco Central da Argentina (2015-2018), professor da Universidade de San Andrés; Hanna Suchocka – Primeira Ministra da Polônia (1992-1993) ¹; Lawrence Summers– Secretário do Tesouro dos Estados Unidos (1999-2001), subsecretário do Tesouro (1995-1999), economista-chefe do Banco Mundial (1991-1993), diretor do Conselho Econômico Nacional (2009-2010) ²; Boris Tadić – Presidente da Sérvia (2004-2012) ³; Ernst-Ludwig von Thadden – Presidente, Universidade de Mannheim (2012-2019), Professor, Departamento de Economia; Jigme Y. Thinley – Primeiro Ministro do Butão (2008-2013) ¹; Helle Thorning-Schmidt – Primeiro Ministro da Dinamarca (2011-2015) ²; Eka Tkeshelashvili – Vice-Primeiro Ministro da Geórgia (2010-2012) ³; Jean-Claude Trichet – Presidente do Banco Central Europeu (2003-2011), Governador do Banco da França (1993-2003); Danilo Türk– Presidente da Eslovênia (2007-2012), Presidente do WLA Club de Madrid; Cassam Uteem – Presidente da Maurícia (1992-2002) ¹; Andrés Velasco – Ministro das Finanças do Chile (2006-2010), Decano da Escola de Políticas Públicas, LSE; Guy Verhofstadt – Primeiro Ministro da Bélgica (1999–2008); Leonard Wantchekon – Fundador e Presidente da Escola Africana de Economia, Professor de Política e Assuntos Internacionais, Universidade de Princeton; Shang-Jin Wei – Economista-chefe do Banco Asiático de Desenvolvimento (2014-2016), professor de Administração e Economia da China e Economia e Finanças e Economia, Columbia Business School; Rowan Williams – Arcebispo de Canterbury (2002-2012), Presidente da Christian Aid;James Wolfensohn – Presidente do Banco Mundial (1995-2005); George Yeo – Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cingapura (2004-2011) ²; Malala Yousafzai – Prêmio Nobel da Paz (2014); Kateryna Yushchenko – Primeira Dama da Ucrânia (2005-2010) ³; Viktor Yushchenko – Presidente da Ucrânia (2005-2010) ³; José Luis Rodríguez Zapatero – Primeiro Ministro da Espanha (2004-2011); Valdis Zatlers – Presidente da Letônia (2007-2011) ³; Ernesto Zedillo – Presidente do México (1994-2000), Membro dos Anciãos²; Min Zhu – Diretor Gerente Adjunto do Fundo Monetário Internacional (2011-2016) ²; ActionAid UK– Girish Menon, CEO; Centro Africano de Transformação Econômica (ACET) – KY Amoako, Presidente e Fundador; Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA) – Agnes Kalibata, Presidente; CARE International UK – Laurie Lee, CEO; Agência Católica para Supervisionar o Desenvolvimento (CAFOD) – Christine Allen, Diretora; Christian Aid – Amanda Mukwashi, CEO; Oxfam – Danny Sriskandarajah, CEO; Save the Children International – Inger Ashing, CEO; Save the Children UK – Kevin Watkins, CEO; Mundo deles – Justin van Fleet, Presidente; WaterAid UK – Tim Wainwright, CEO

¹ Membro do WLA Club de Madrid ² Membro do Conselho do Século XXI do Instituto Berggruen ³ Membro do Centro Internacional Nizami Ganjavi (NGIC)

Também agradecemos o apoio de: Abiy Ahmed – Primeiro Ministro da Etiópia Julius Maada Bio – Presidente da Serra Leoa Sheikh Hasina – Primeiro Ministro do Bangladesh Ken Ofori-Atta – Ministro das Finanças do Gana e Presidente do Comitê de Desenvolvimento do Banco Mundial

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