Haddad, que enfrentará Bolsonaro no segundo turno, é alvo em debate
Depois de anunciada mais uma pesquisa de intenção de voto do Ibope/CNI, que confirmou o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL), com 27%, e Fernando Haddad, com 21%, Ciro Gomes (PDT), na terceira posição com 12%, Alkmin com 8%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 8 %, e Marina Silva (Rede), com 6%, os candidatos se enfrentaram no final da tarde no debate promovido por FSP/Uol e SBT.
O debate reuniu Álvaro Dias, Cabo Daciolo, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Henrique Meirelles e Marina Silva. Os candidatos responderam perguntas entre si e de jornalistas, além das considerações finais, quando falaram livremente com o público.
Haddad foi o principal alvo dos adversários, acusado por Marina Silva de ser, junto com o PT, o responsável pelo governo desastroso de Michel Temer. Haddad retrucou dizendo que aqueles que apoiaram o golpe é que são os responsáveis “Me desculpe, mas quem colocou o Temer lá foram vocês”, disse Haddad, “E você (Marina) participou desse movimento”.
Ciro Gomes (PDT) tentou conter o tom, mas também não poupou o PT. Afirmou que, caso ganhe as eleições não pretende ter o PT em seu governo. “Francamente, se eu puder governar sem o PT, eu prefiro”. E mesmo reconhecendo que não foram poucos os benefícios do PT ao país, responsabilizou o partido pelo clima de ódio e divisão e pelo surgimento de Bolsonaro, a quem chamou de “aberração”. Haddad respondeu: “poucos meses atrás (Ciro) me convidava para vice-presidente na sua chapa e chamava essa chapa de ‘dream team’, o time dos sonhos.”, acusando-o de oportunista.
Geraldo Alckmin, não teve um confronto direto com Haddad, mas insistiu que é necessário evitar a vitória do petismo, assim como a de Bolsonaro, que ele classificou de “insensatez”. Já Henrique Meirelles preferiu falar de sua presença no Banco Central no período de maior crescimento econômico do Brasil, que ocorreu no governo Lula.
Haddad lembrou que como ministro da Educação do governo Lula levou universidades federais para 126 municípios do país, institutos federais, para 214 cidades, 1,5 mil creches, fora ônibus escolar para a população rural e banda larga para todas as escolas urbanas.
Confirmou suas visitas semanais a Lula “porque ele está injustamente preso, a sentença que o condenou não para de pé, não apresentaram uma única prova contra ele e eu não vou descansar enquanto ele não tiver um julgamento justo”.
Lembrou ainda que os programas sociais dos governos Lula como o Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos, a transposição do Rio São Francisco, o Prouni e o Programa Mais Médicos,mudaram a realidade brasileira ao longo do período de doze anos de estabilidade democrática em que o resultado da urna era respeitado.