“Elo Perdido”: panorama de um Brasil que pedala
Um mês inteiro para refletir sobre o deslocamento diário no trânsito e o compartilhamento das ruas? Essa é a proposta do Mês da Mobilidade, que acontece em todo o Brasil e no mundo em setembro, com inúmeras atividades, incluindo o Dia Mundial Sem Carro.
Vem a calhar conhecer, aproveitando o gancho do mês da mobilidade, o novo documentário de Renata Falzoni, uma das primeiras mulheres a se dedicar ao jornalismo esportivo, fotógrafa, videorrepórter, bikerrepórter e cicloativista. É uma das pioneiras na valorização do uso da bicicleta no Brasil.
O Elo Perdido – o Brasil que pedala entrou em cartaz semana passada e até o dia 5 de setembro terá sessões gratuitas. São trinta minutos, com toda produção somente usando a bicicleta com meio de transporte e retrata lugares onde a bike resiste como alternativa de transporte para milhares de trabalhadores.
Elo Perdido traça um panorama da realidade de um Brasil que pedala mesmo num cenário de crescente motorização, investigando os motivos dessa resiliência no uso da bicicleta como meio de transporte.
Santos-SP, Joinville-SC, Mauá-SP, Rio de Janeiro-RJ, Afuá-PA e São Paulo-SP são municípios que serviram de palco para o documentário, que propõe um debate sobre a bicicleta e o futuro das cidades.
Em tempos de debates acalorados pelo direito a pedalar, respeito aos ciclistas e contra o fechamento das poucas ciclovias na cidade de São Paulo, mostrar que pedalar não é só lazer mostra-se fundamental. Pedalar, para muitos e muitas, significa ir e vir – direito sagrado esse, não? – porque os preços dos meios de transporte coletivos impactam demais nos orçamentos do viver.
Veja o teaser do documentário: