Saneamento básico: um gargalo do Brasil
Livro Saneamento como política pública: um olhar a partir dos desafios do SUS, organizado por Léo Heller, relator especial do Direito Humano à Água e ao Esgotamento Sanitário das Nações Unidas, visa discutir se as políticas de saneamento estão apartadas ou não das políticas de saúde. O livro pode ser acessado aqui.
O livro mostra os dados sobre cobertura de esgotamento sanitário, água encanada e coleta de lixo em todo o Brasil e mostra que há muito ainda que avançar. Avanços nessas áreas poderiam trazer transformações na saúde dos brasileiros e brasileiras. Por exemplo, apesar de limitações metodológicas e de informação, estudos apontam redução da morbidade e mortalidade por diarreia devido a melhorias no abastecimento de água ou no esgotamento sanitário.
Segundo Fernando Sarti e Fernanda Ultremare, autores de um capítulo, o setor de água e esgoto reduziu seu grau de importância dentro da economia brasileira no período 2000-2014: os indicadores de participação do setor de A&E no valor da produção (IPVP), que permite avaliar o grau de importância e o desempenho em relação aos demais setores da economia, caiu de 2004 a 2014, enquanto cresceu em outros países analisados pelos pesquisadores.
Além das contribuições do organizador, em outros capítulos Telma Menicucci e Raquel D’Albuquerque buscam situar a política pública de saneamento no contexto das demais políticas sociais brasileiras. Fernando Sarti e Fernanda Ultremare procuram mostrar o que provoca o atraso na evolução histórica da política de saneamento sobre o desenvolvimento do país a partir de uma perspectiva econômica. E Ana Lúcia Britto traz proposições para acelerar o avanço da política de saneamento no Brasil.