As florestas naturais brasileiras perderam cerca de 62,5 milhões de hectares nos últimos 32 anos, o equivalente ao território dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina somados. Os dados são do MapBiomas, que concluiu neste mês o Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil de 1985 a 2017.

Apesar das contínuas e agressivas investidas de fazendeiros, madeireiras e mineradoras no desmatamento da vegetação nativa do país, a partir do governo Lula o ritmo do desmatamento reduziu-se drasticamente nos seis biomas terrestres brasileiros.

Pode-se observar no gráfico a seguir que, em cinco dos seis biomas nacionais, a proporção de desmatamento foi reduzida significativamente a partir de 2003, quando foram implantadas políticas para conservação e fiscalização e o estabelecidas penas mais duras e restrição do crédito aos desmatadores pelo governo petista. Em dois biomas houve aumento das florestas naturais.

Com governos Lula e Dilma houve redução no desmatamento

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados de MapBiomas, 2018.

O bioma Amazônia, por exemplo, perdeu cerca de trinta milhões de hectares(ha) entre 1985 e 2003, com uma proporção de 1,7 milhão de ha desmatados ao ano. Com as medidas supracitadas já implantadas, entre 2006 e 2016, a proporção de desmatamento foi de 86 mil ha ao ano, cerca de dezenove vezes menor.

O bioma Caatinga permanece como maior desafio, ele sofre com a desertificação e utilização de sua vegetação como carvão para as indústrias e residências locais. Neste bioma, de 1985 a 2003 foi desmatado 1,8 milhão de ha, e, de 2003 até 2016, 2,6 milhões de ha. Em 2017 esta proporção aumentou, com quase quatrocentos mil ha desmatados.

O bioma Cerrado apresentou redução de aproximadamente 930 mil ha/ano entre 1985 e 2003. Entre 2003 e 2016, esta proporção foi reduzida para um terço, trezentoa mil ha/ano. Em 2017, no entanto, foram desmatados cerca de quatrocentos mil ha.

Os biomas da Mata Atlântica e Pampas felizmente apresentaram aumento de sua vegetação nativa. O primeiro teve redução de 1,7 milhão de ha entre 1985 e 2003 e ganho de dois milhões de ha de 2003 a 2017. O segundo aumentou seu território em 100 mil ha no primeiro período e em quatrocentos mil ha entre 2003 e 2017, um crescimento de 20% no total de seu território nos últimos catorze anos.

Por fim, o Pantanal perdeu cerca de seiscentos mil ha. de sua área entre 1985 e 2003. Entre 2004 e 2014, apresentou estabilidade no tamanho de seu território. Nos últimos três anos, no entanto, reduziu-se em cerca de 100 mil ha, que foram tomados principalmente por pastagens.