A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou nessa quarta feira (04-07), o Diálogo da Indústria com os Candidatos à Presidência da República, que reuniu cerca de 2 mil líderes empresariais, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Estiveram presentes os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos).

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) foi excluído do debate, e o candidato que fez o melhor
governo do país e é líder nas pesquisas de intenção de voto não pode apresentar suas propostas. Não há nenhuma razão de ordem legal para excluir Lula de debates ou sabatinas, ele é pré-candidato do PT e, como qualquer um de seus adversários, tem o direito de expor suas ideias. “Foi uma grande decepção, portanto, saber que a CNI realizou sua tradicional sabatina com os pré-candidatos sem ter convidado o PT a designar um representante daquele que lidera todas as pesquisas”, afirmou, em nota, a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

Além de Lula, a CNI também excluiu outros pré-candidatos identificados com o campo progressista, como Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D´Ávila (PCdoB), ambos com intenção de votos semelhantes a candidatos como Henrique Meirelles e Álvaro Dias.

A cada eleição a CNI apresenta aos candidatos à Presidência uma série de medidas consideradas fundamentais para superar obstáculos ao crescimento econômico. Nesse ano, organizou 43 propostas para o Brasil, nos próximos quatro anos, superar obstáculos ao crescimento da economia, torná-la mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.

No debate de ontem, o pré-candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) não apresentou propostas para o setor e para temas econômicos por “não entender do assunto” e disse que parte de seu primeiro escalão será ocupado por militares, que contará com o apoio dos evangélicos e da bancada ruralista e qualificou o MST como “terrorista”. Foi aplaudido ao dizer que é contra a “ideologia de gênero” e o “politicamente correto”. Bolsonaro acumula processos e é réu por injúria e racismo.

Já Ciro Gomes (PDT) foi vaiado ao defender uma nova reforma trabalhista em substituição à aprovada por Michel Temer e tem acordo com as centrais sindicais. Foi aplaudido quando defendeu que o Judiciário e o Ministério Público têm de “voltarem para seus quadrados” e deixarem de influenciarem na política e quando prometeu manter incentivos fiscais permanentes para o setor industrial.

Geraldo Alckmin (PSDB) foi aplaudido ao propor a criação de um imposto único (unificando IPI, ICMS, ISS e outros) além da redução do imposto de renda para pessoa jurídica e que fará reformas no primeiro semestre do mandato enquanto Álvaro Dias (PODE), disse que pretende intensificar as relações multilaterais do país. As declarações de  Marina Silva (REDE) que, se eleita, a reforma política será prioridade e de Henrique Meirelles (MDB), de que dará prioridade a reforma tributária em seu governo, não despertaram reações da plateia.

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