Centrão segue pressionando Temer por reforma ministerial
Após votarem a favor de livrar Temer de mais uma denúncia, os partidos do centrão seguem pressionando o presidente golpista para a realização de uma reforma ministerial que amplie o espaço dado a eles no governo federal. O líder do Partido Progressista (PP), Arthur Lira, chegou a declarar publicamente que se o governo não fizer mudanças no ministério, não conseguirá votar nada no Congresso Nacional.
A pressão é feita principalmente em torno dos 4 ministérios que o PSDB ocupa, uma vez que os parlamentares tucanos deram em sua maioria votos contra o Planalto na segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e o partido segue ensaiando um desembarque da coalizão pró-Temer.
O centrão, formado por partidos fisiológicos e parlamentares conservadores, muitos destes integrantes das bancadas evangélica, ruralista e da bala, ocupa seis ministérios dentro do governo Temer: dois ministros do PP (Blairo Maggi e Ricardo Barros comandam as pastas da Agricultura e Saúde, respectivamente), um do PR (Mauricio Quintella comanda a pasta dos Transportes), um do PRB (Marcos Pereira é ministro da Indústria), um do PSD (Gilberto Kassab comanda a pasta da Ciência, Tecnologia e Comunicação) e um do PTB (Ronaldo Nogueira é ministro do Trabalho). Já o PSDB comanda os ministérios das Relações Exteriores (Aloysio Nunes), das Cidades (Bruno Araújo), dos Direitos Humanos (Luislinda Valois) e a Secretaria de Governo (Antônio Imbassahy).
O racha do tucanato se traduziu em movimentações pró-saída do governo, incluindo declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo desembarque. O partido deu 23 votos pelo prosseguimento da segunda denúncia contra Temer feita pela PGR e vinte pelo arquivamento, enquanto três deputados tucanos se abstiveram. Às vésperas da denúncia, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, foi substituído na tarefa da articulação política com o Legislativo pelo ministro-chefe da Casa-Civil Eliseu Padilha, do PMDB. A pressão do centrão é para que o PSDB perca seus ministérios e estes sejam distribuídos para os partidos do bloco.
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