Em discurso na festa dos 36 anos do PT, no Rio, o ex-presidente ainda criticou a Globo e lembrou da casa dos Marinho em Paraty

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT
Foto: João Paulo Tinoco

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, durante fala na festa de aniversário do PT, que, se preciso for, será candidato à presidência da República em 2018. Lula também criticou a “perseguição” da imprensa e de parte do Judiciário contra ele.

“Eles pensam que vão me tirar da luta. Se quiserem me derrubar, vão ter que me enfrentar na rua. (…) Podem estar certos de uma coisa, se for necessário eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato”, garantiu, neste sábado (27), no Rio de Janeiro.

“Eles pensam que fazendo essa perseguição vão me tirar da luta. Eles não conhecem o que é o PT”, reforçou o ex-presidente.

Em um discurso com duras críticas à mídia partidarizada e ao Judiciário, Lula disse que “conquistou o direito de andar de cabeça erguida”.

“Não imaginava que uma parte do MP era subordinado a uma parte da imprensa”, disse, ao listar todas as falsas acusações que foram noticiadas contra ele.

“Eu eu sou acusado de ter um apartamento, um triplex, eu quero saber como é que vai ficar essa história”, cobrou. Lula ainda lembrou as acusações contra a Rede Globo, que teria um triplex em Paraty (RJ). O ex-presidente lembrou ainda que a TV Globo vem notificando os blogueiros para que tirem as reportagens sobre a família Marinho. “A Globo fala tanto de democracia e intimou os blogueiros a tirarem as notícias dos Marinho em Paraty”.

“Quando terminar esse processo eles vão ter que me dar um apartamento e uma chácara, porque estão todo santo dia tentando levar a um desgaste moral”.

Militância unida – Lula reafirmou a força do PT, saiu em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff e ressaltou a importância da militância petista.

“Temos que dizer aos nossos inimigos que o PT não é o Rui Falcão, não é a Dilma, não é o Lula. O PT são milhões de brasileiros”, exaltou o ex-presidente.

Além disso, Lula cobrou que a militância e o PT façam a defesa do governo Dilma. “Por mais que tenhamos divergências, esse governo é nosso e nós temos responsabilidade de fazer dar certo, de ajudar, de discutir, de compartilhar saída para os problemas”, disse.

“Um partido não tem que concordar com tudo que o governo faz e um governo não tem que fazer tudo que um partido quer. Estamos juntos”, completou o ex-presidente.

O ex-presidente também aproveitou o discurso durante o aniversário do PT para enviar um recado para a oposição: não vai ter golpe. “Se eles quiserem voltar ao poder vão ter que aprender a ser democráticos, a disputar eleições e a acatar o resultado’, enfatizou.

A militância petista, presente em peso no aniversário da legenda no Rio de Janeiro, ouviu a fala do ex-presidente aos gritos de “não vai ter golpe” e “olê olê olê olá, Lula, Lula”.