Pesquisa discute como o tipo de inserção da mulher no mercado de trabalho e o seu papel central no núcleo familiar
Ano 3 – nº 253 – 11 de dezembro de 2015
Mulher: trabalho doméstico e saúde
Pesquisa de Doutorado de Caroline Senicato, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, discute como o tipo de inserção da mulher no mercado de trabalho e o seu papel central no núcleo familiar diferenciam-se dependendo do segmento socioeconômico a que pertencem e sua influência na saúde.
Segundo a autora, 55% das brasileiras com 16 anos ou mais exercem atividade remunerada e realizam tarefas de cuidado com a família e o domicílio, questionando a ideia de que as mulheres se ocupam do trabalho doméstico por não exercerem atividade remunerada. O estudo traz dados sobre a jornada dupla das mulheres, conciliando o trabalho doméstico e o trabalho remunerado. Ainda, segundo a autora, 30% das mulheres são consideradas economicamente inativas, estando neste segmento as donas de casa. No entanto, a autora aponta que a rotina de afazeres domésticos das mesmas é de 34 horas de trabalho semanais em média, semelhante à jornada de muitos trabalhadores no mercado de trabalho. Mas mesmo assim, as donas de casa têm incipientes ou nulos direitos como trabalhadoras.
Quanto à saúde mental, o estudo mostra que as trabalhadoras remuneradas apresentaram melhor saúde mental e bem-estar do que as donas de casa, i.e., as donas de casa mostraram maiores prevalências de problemas emocionais: tal diferença é maior entre as mulheres de renda baixa e é estatisticamente insignificante entre mulheres de renda alta. A pesquisa ainda correlaciona um baixo nível socioeconômico à pior qualidade de vida relacionada à saúde, em especial à saúde mental.
Para ler mais:
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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