O IBGE divulgou nesta manhã o IPCA-15, apurando para setembro acumulo de alta de 0,39%, inferior ao do mês anterior

FPA Informa - Conjuntura 315

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Ano 3 – nº 315 – 22 de setembro de 2015
 

ECONOMIA NACIONAL

Prévia do IPCA confirma desaceleração da inflação: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã o IPCA-15, índice de preços com a mesma base de cálculo do IPCA, mas que registra a inflação entre os dias 15 de cada mês. O resultado apurado para setembro acumulou alta de 0,39%, inferior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado elevação de 0,43%. O resultado ficou em linha com o esperado pela maioria dos analistas de mercado, tendo sido profundamente influenciado pelo aumento de preços das passagens aéreas (23,17%) e do botijão de gás (5,34%), que somados representaram um terço da alta deste índice de preços. Devido a estes aumentos, os grupos que mais apresentaram alta foram transportes (0,78%) e habitação (0,68%), com alimentação e bebidas tendo registrado deflação de 0,06%. Com este resultado, o IPCA-15 acumula alta de 7,78% em 2015 e 9,57%, no acumulado de 12 meses.

Comentário: A queda no ritmo de alta da inflação já era esperado para o segundo semestre de 2015, uma vez que o efeito do aumento das tarifas públicas está se dissipando e a recessão tem se aprofundado, o que impõe uma pressão deflacionista ao conjunto da economia. É evidente que a persistência da desvalorização cambial mantém uma pressão de alta nos preços dos produtos transacionáveis, assim como em alguns serviços que tem sua cotação em dólar (como é o caso das passagens aéreas). Apesar disso, é de se esperar que, com a estabilização do câmbio, o prosseguimento da desaceleração da atividade e o desaquecimento do mercado de trabalho, a inflação continue em um movimento de redução no acumulado de 12 meses, em particular a partir de 2016, quando haverá a substituição do primeiro trimestre de 2015 (marcado pela alta dos preços administrados) pela inflação dos primeiros meses de 2016. Neste cenário, a possibilidade de redução da taxa de juros estará aberta, uma vez que a rápida redução do acumulado da inflação irá elevar a taxa real de juros caso não seja acompanhada de uma queda na taxa nominal. Com câmbio mais desvalorizado, juros e inflação em queda, os primeiros pilares para a retomada do crescimento econômico estarão colocados, sendo possível elaborar uma nova estratégia de crescimento que supere o momento recessivo que nos colocamos em 2015.

 
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IPCA-15 9h IBGE
PMI Industrial/China 22h45 Caixin
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