IPCA-15 recua em março, mas segue em patamar elevado

FPA Informa 266

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Ano 3 – nº 266 – 17 de abril de 2015
 

ECONOMIA NACIONAL
IPCA-15 recua em março, mas segue em patamar elevado: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que funciona como uma espécie de prévia do IPCA, registrou alta de 1,07%, uma queda em relação ao índice de 1,24% verificado em março. O principal item a influenciar o índice permanece sendo o custo da energia elétrica, que subiu 13,02% (decorrente tanto da entrada em cena das novas bandeiras tarifárias, quanto do aumento de tarifas autorizados pelo governo), sendo responsável por 42% da alta do IPCA-15 e 0,45 ponto no índice total. Com esta elevação, o grupo habitação apresentou aceleração de 2,78% para 3,66%, seguido pela elevação de 1,04% do grupo alimentação e bebidas e 0,94% do grupo vestuário. Com este resultado, o IPCA-15 acumulado em 12 meses foi de 8,22% em abril (maior que o resultado de março, quando o acumulado somava 7,9%), sendo 4,61% apenas no ano de 2015.
Comentário: A lenta desaceleração dos índices inflacionários decorre dos seguidos choques em tarifas públicas, cujos efeitos não apenas permanecem ao longo dos meses atuais, como se repetem com a permissão de novos aumentos tarifários no último mês. Além disso, impactos da desvalorização cambial já podem ser observados nos índices de preços no atacado, como nos evidencia a alta do IGP-M de 1,16% em abril, superior à alta de 0,84% de março. Estes impactos, concentrados principalmente no preço de produtos industrializados, devem manter a pressão sobre a inflação no varejo nos meses posteriores, que apesar disso tendem a se desacelerar com o fim dos efeitos das altas de tarifas. Sendo assim, a tendência é de queda gradual no IPCA até o final do primeiro semestre, com queda mais pronunciada nos índices mensais e acumulados em 12 meses ao longo do segundo semestre. Já é possível observar uma estabilização e até reversão das expectativas de inflação tanto para o ano de 2015 quanto para as projeções para 2016, indicando que a reversão na alta de preços deve ser bastante acentuada tanto no segundo semestre deste ano, quanto ao longo do próximo. A combinação de queda da atividade, tarifas devidamente ajustadas e câmbio já desvalorizado cria um cenário onde as pressões inflacionárias deverão refluir rapidamente, mantendo-se como fator de risco principal a constituição de alguma inércia dada a elevação rápida dos preços neste primeiro semestre de 2015.
 
AGENDA DO DIA
EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
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Inflação/Europa 5h BCE
 
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade do seu autor, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 
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