Vendas no varejo crescem 2,2% em 2014 e desemprego cai para 6,8%
FPA Informa 245 – Vendas no varejo crescem 2,2% em 2014 e desemprego cai para 6,8%
ECONOMIA NACIONAL
Vendas no varejo crescem 2,2% em 2014 e desemprego cai para 6,8%: As vendas no varejo brasileiro fecharam 2014 com alta de 2,2%, de acordo com o IBGE. O resultado ficou acima da média de 2% esperado pelos analistas de mercado, mas foi prejudicado pelo mau resultado de dezembro, quando apresentou queda de 2,6% (pior que a queda de 0,8% prevista pelos analistas). A receita nominal no setor cresceu 8,5% em 2014, garantindo ganhos reais para o setor. Já o varejo ampliado, que inclui peças e automóveis, apresentou decrescimento em 2014, registrando queda de 1,7% e alta da receita nominal de apenas 3,9%. Outro dado divulgado pelo IBGE foi a taxa de desemprego calculado pela PNAD contínua em 2014, que registrou queda no desemprego de 7,1%, em 2013, para apenas 6,8%, em 2014. Apesar da boa notícia, a queda no emprego na indústria (-3,2%) e a menor geração de empregos (cerca de 300 mil) apontam para uma desaceleração do mercado de trabalho.
Comentário: Tanto os resultados das vendas no varejo quanto o da queda do desemprego podem ser apresentados como boas ou más notícias, a depender do viés do analista. No caso do varejo, o continuo crescimento do setor, mesmo em meio à estagnação econômica, comprova a resiliência da demanda brasileira, fator importante para as decisões de investimento. Por outro lado, o menor crescimento do varejo na comparação com anos anteriores, somado ao mau resultado do varejo ampliado, aponta para uma trajetória de desaceleração da economia que prenuncia uma trajetória pouco benigna em 2015. O mesmo ocorre no desemprego, onde o resultado de queda confirma a força do mercado de trabalho mesmo em tempos de estagnação e afasta a hipótese aventada de crise social decorrente do momento delicado da economia brasileira. Por outro lado, a queda no emprego industrial, a redução no ritmo de geração de emprego e aumento do número de desocupados na reta final de 2014 apontam para um cenário de desaceleração do mercado de trabalho, que deve afetar negativamente o cenário em 2015. De um modo geral, são dados ainda positivos, mas que acendem o sinal de alerta se quisermos mantê-los desta forma.
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