FPA Informa 200 – IGP-10 volta ao campo positivo, indicando fim da deflação no atacado
200
17 de setembro de 2014
ECONOMIA NACIONAL
IGP-10 volta ao campo positivo, indicando fim da deflação no atacado: Após três meses consecutivos em deflação, o IGP-10 apresentou variação positiva no mês de setembro, conforme revelou a FGV na manhã desta quarta-feira. Em agosto, o índice havia caído 0,55%, revertendo-se em setembro para alta de 0,31%. A maior mudança de direção ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP e passou de queda de 0,91% em agosto para alta de 0,35% em setembro. O principal responsável por esta reversão foram os produtos agropecuários, que partiram de queda de 2,2% em agosto para alta de 0,61% no mês atual, enquanto a variação dos bens industriais foi menor, passando de -0,43% para 0,25% na leitura mais recente. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice, subiu 0,26% em setembro contra alta de 0,01% em agosto, pressionado pela queda menos acentuada no preço de hortaliças e legumes. No acumulado de 12 meses, o IGP-10 soma alta de 4,04%, sendo que em 2014 esta alta é de apenas 2,01%.
Comentário: O retorno dos IGPs ao campo positivo sinaliza uma retomada da “normalidade” da inflação nos meses vindouros, apesar de manterem-se em patamares abaixo da média histórica. A causa principal da aceleração dos preços, tanto no atacado quanto no varejo, é o fim da deflação de alimentos, que contribuiu para um período de índices inflacionários bastante contidos. De qualquer forma, não parece haver nenhum motivo para alarme ou preocupação excessiva no campo inflacionário, pois a dinâmica da inflação no final de 2013 foi bastante perversa e não deve se repetir no ano de 2014, o que levaria o índice para algo mais próximo de 6% do que do teto da meta. Resta a expectativa e incerteza a respeito do reajuste dos preços dos combustíveis, já que o reajuste deste ano de energia elétrica parece já ter em grande parte se concretizado. No caso dos combustíveis, o possível reajuste em dezembro pode levar o IPCA para próximo ao teto da meta novamente, a depender do aumento concedido.
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