FPA Informa 190 – Em agosto, IPCA-15 registra nova queda e inflação cai em 12 meses

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20 de agosto de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Em agosto, IPCA-15 registra nova queda e inflação cai em 12 meses: O IPCA-15 do mês de agosto, divulgado nesta manhã pelo IBGE, apresentou queda frente à leitura de julho, fechando o mês com alta de 0,14% contra elevação de 0,17% no mês anterior. Apesar do forte aumento de energia elétrica (4,25%, o que fez com que o índice subisse 0,12% no total), que puxou para cima a alta de preços no grupo habitação (de 0,48% em julho para 1,44% em agosto), a queda expressiva nos preços de alimentos (de -0,03% para -0,32%), despesas pessoais (1,74% para -0,67%) e comunicação (de -0,10% para -0,84%) compensaram a alta. No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta alta de 4,32%, acima dos 3,69% registrados no mesmo período em 2013. Nos últimos 12 meses, o índice recuou de alta de 6,51% para 6,49%, indicando mais uma vez um processo de descompressão dos preços hora em curso.
Comentário: A queda da inflação é uma realidade hoje no Brasil, já percebida pelos consumidores, principalmente pelos homens e mulheres responsáveis pelas compras nos supermercados. A queda no preço dos alimentos parece prosseguir no mês de agosto, tanto no atacado quanto no varejo, o que garante uma janela desinflacionária ao menos até o mês de setembro. Com isso, a confiança do consumidor na economia brasileira já apresenta sinais nítidos de elevação, o que no médio prazo pode impactar positivamente a atividade econômica e a confiança de setores empresariais, particularmente o comércio. Outro dado revelador desta pesquisa de preços é que é falsa a afirmação de que o governo está “represando” o preço da energia elétrica à espera das eleições, dado os elevados aumentos de tarifa concedidos já neste mês para boa parte das distribuidoras de energia. Tais reajustes refletem o aumento no custo de produção de energia, dada a estiagem e a necessidade de ativação de usinas térmicas, que produzem energia a um valor mais alto que as hidroelétricas. A perspectiva, no entanto, é que os aumentos de energia tenham seus efeitos limitados ao mês de agosto (impactando indiretamente alguns preços no mês de setembro), aumentando a chance de verificarmos uma queda no acumulado de 12 meses do IPCA nos próximos meses.
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Ata do FOMC/EUA 15h FED
Análise: Guilherme Mello, Economista
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