Morte do escritor pernambucano no dia 23 de julho comoveu o Brasil

Um dos intelectuais mais apaixonados pela raiz brasileira, Ariano Suassuna, conseguiu mostrar uma realidade histórica de muita dureza do seu povo nordestino e traduzir em suas obras a riqueza e encantos da cultura mais genuína do Brasil por meio de aula-espetáculo, romances e poemas. Nesta quarta-feira (23), ele deixou seus leitores e admiradores mais tristes, morreu aos 87 anos de parada cardíaca. Para dimensionar a perda e a importância de Ariano para a literatura e a cultura brasileira, muitos deputados da Bancada do PT na Câmara se manifestaram e lembraram o legado deixado por ele às gerações futuras.
 
O líder do PT, deputado Vicentinho (PT-SP), demonstrou seu profundo sentimento de pesar: “A literatura brasileira perdeu um grande homem com a morte de Ariano Suassuna”. Para o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), o escritor é uma daquelas pessoas que jamais morrerão. “Todos juntos e cada um individualmente carregarão para sempre um pedaço do humor, da sagacidade e da inteligência de Ariano. Ariano amava o Brasil, os brasileiros e nossa cultura mais genuína. E era amado por todos nós, seus admiradores.”

Ariano Suassuna recebe homenagem de petistas
 
O famoso jargão “Não sei, só sei que foi assim” de uma de suas obras mais conhecidas, o Auto da Compadecida (1955), foi destacado pelo parlamentar Assis Carvalho (PT-PI), que lembrou o forte agir e pensar político de Suassuna. “Ele sabia que é muito difícil vencer a injustiça secular que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos”.
 
O deputado Afonso Florence (PT-BA) disse: “Perdermos um dos maiores mestres da literatura brasileira, principalmente para o povo nordestino, já que Ariano Suassuna foi um dos maiores difusores da cultura nordestina para o Brasil e para o mundo. Ele nos deixa, mas viverá na memória do povo brasileiro através do seu legado”.
 
Ao prestar sua homenagem, o deputado Newton Lima (PT-SP) destacou que Ariano conseguiu ser fiel à construção da identidade cultural do povo brasileiro até o fim da vida. “Quanta irreverência, doçura, erudição e humor! Sempre próximo do povo com suas ‘Aulas Espetáculo’, o mestre Ariano Suassuna desfrutou de respeito e admiração de plateias imensas, diversas, de público de todas as idades”, ressaltou.
 
O deputado Décio Lima (PT-SC) classificou que Ariano – essa lenda da cultura brasileira – era um intelectual digno e comprometido com a história do povo. “Imortal, não pela cadeira que ocupava na Academia Brasileira da Letras, mas pela sua dimensão de super-humano. Pra nós, Ariano está impregnado de eternidade.”
 
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), Ariano Suassuna era comprometido com a história do seu povo. O parlamentar relatou a dor dos conterrâneos de Suassuna, que, embora tenha nascido em João Pessoa, escolheu Pernambuco como morada. “Nós, pernambucanos, temos muito viva na retina a imagem da figura alegre e positiva de Ariano, nas aulas espetáculo ou nos palanques das disputas políticas no nosso Estado”. Paulo Teixeira (PT-SP) disse que o autor entendeu como poucos a alma do povo nordestino.
 
Também prestaram homenagem ao escritor nas redes socais os deputados Artur Bruno (PT-CE), Doutor Rosinha (PT-PR), Elvino Bohn Gass (PT-RS), Eudes Xavier (PT-CE) Erika Kokay (PT-DF), Fátima Bezerra (PT-RN), Iriny Lopes (PT-ES), Janete Rocha Pietá (PT-SP), Jorge Bittar (PT-RJ), José Mentor (PT-SP), Márcio Macêdo (PT-SE), Nelson Pelegrino (PT-BA), Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP), Pedro Uczai (PT-SC), Policarpo (PT-DF), Rogério Carvalho (PT-SE), Vanderlei Siraque (PT-SP) e Vicente Cândido (PT-SP).
 
Por Késia Paos, do www.ptnacamara.gov.br

Foto: Felipe Rau/Estadão