O Centro Celso Furtado lançou o livro “Saúde, Cidadania e Desenvolvimento”, resultado de um seminário realizado em 2012 no Rio de Janeiro, pilotado e coordenado pela socióloga e professora Amélia Cohn, que também organiza o livro.

A obra reúne visões de 11 especialistas do setor –médicos, economistas, sociólogo, que inclui tanto pesquisadores brasileiros– da USP, UFRJ, da Faculdade de Saúde Pública de S Paulo, Fundação Oswaldo Cruz, quanto pesquisadores internacionais, de países como México e Argentina. Os textos trazem avaliações sobre os modelos de saúde pelo mundo e sugerem mudanças.

Tanto o seminário quanto o livro guiaram-se pela seguinte premissa: a saúde não é apenas uma condição e uma conseqüência do crescimento econômico, é uma questão da cidadania, é uma questão de direitos.

Segundo Amélia, “pouco se sabe sobre se as conquistas dessas duas últimas décadas na área da saúde vêm sendo capazes de quebrar o círculo de ferro da história das políticas sociais no país, orientadas pela matriz de serem políticas para pobres e, portanto, políticas com parcos recursos, e que na prática da prestação de serviços reproduzem a subordinação dos segmentos menos favorecidos socialmente”.

Para a sociólga, ao analisar resultados e implicações do Sistema Único de Saúde, o SUS, e os serviços de saúde, busca-se “articular saúde e desenvolvimento, dar ênfase à eficácia social desses serviços, seja em produzir melhor qualidade de vida, seja em produzir condições de vida com mais higidez, saindo-se do marco de referência da pobreza e passando-se para o marco de referência da desigualdade social.”

O livro é uma publicação do Centro Celso Furtado e da Editora E-papers, e pode ser adquirido aqui.

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