A aprovação ao projeto de Brasil e ao modo de governar do Partido dos Trabalhadores está em ascensão, com a população cada vez satisfeita com as políticas públicas implantadas pelas gestões do partido no plano federal. Essa é a principal conclusão que a mais recente pesquisa Datafolha nos permite obter.

A aprovação ao projeto de Brasil e ao modo de governar do Partido dos Trabalhadores está em ascensão, com a população cada vez satisfeita com as políticas públicas implantadas pelas gestões do partido no plano federal. Essa é a principal conclusão que a mais recente pesquisa Datafolha nos permite obter.

Os números são incontestáveis: a aprovação ao governo da presidenta, Dilma Rousseff, atingiu a casa dos 64% de ótimo ou bom. Com esse índice, Dilma figura como a chefe do Executivo federal de maior aprovação nos primeiros 15 meses de mandato —o ex-presidente Lula registrou 38% no mesmo período, enquanto que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso obteve 30% de ótimo ou bom. O índice de 64% de ótimo/bom é superior inclusive aos 55% de aprovação do segundo mandato do presidente Lula no mesmo período de gestão. Trata-se, portanto, de um recorde.

De acordo com a pesquisa, o governo Dilma tem também a maior aprovação desde seu início. Em março de 2011, eram 47% de ótimo ou bom, ou seja, 17 pontos percentuais a menos do que a aprovação obtida no Datafolha de agora. O mesmo fenômeno de aprovação se verifica na queda do percentual dos que consideram seu governo regular —de 34% na primeira pesquisa para 29% na mais recente.

O levantamento indica que a relação entre os anseios da sociedade e o que tem feito o governo está cada vez mais positiva. Isso se observa no percentual dos que acham que a inflação vai aumentar —que caiu de 46% em janeiro de 2012 para 41% na última pesquisa— e no número dos que acham que a economia brasileira vai melhorar —de 46% em janeiro para 49% agora. Além disso, 62% avaliam que sua própria condição irá melhorar, 35% acham que o desemprego vai diminuir e 45% apostam num aumento do poder de compra.

É preciso destacar que a avaliação positiva na economia é maior entre os jovens. Dos entrevistados que têm entre 16 e 24 anos, que representam 22% da população geral, 58% disseram que a situação econômica do país vai melhorar. Há, portanto, significativo apoio ao projeto de Brasil que está em curso, ou seja, a população compreende cada vez mais que as bases de um país desenvolvido estão plantadas e que nosso desafio é dissolver entraves à aceleração do nosso desenvolvimento.

Além disso, a pesquisa quis saber também como votariam os entrevistados se o segundo turno das eleições presidenciais de 2010 fosse hoje. O resultado das urnas foi de 56% dos votos válidos para Dilma e 44% para José Serra (PSDB), mas a pesquisa mostra que Dilma teria hoje 69% de intenção de voto contra 21% do tucano. Quer dizer, até eleitores que votaram em Serra em 2010, hoje, votariam em Dilma.

São resultados bastante expressivos. De um lado, demonstram que têm sido infrutíferas as seguidas tentativas de parte da mídia de desgastar os governos de Dilma e de Lula, tentando atingir o PT e os partidos aliados e provocar fissuras na base no Congresso Nacional. De outro lado, comprova que estamos no caminho certo.

A correção dos rumos do país, revelada pelos números do Datafolha, amplia ainda mais nossa responsabilidade sobre a condução do governo Dilma: o momento é de aprofundar a relação com os anseios dos brasileiros para realizar reformas estruturais e atender a expectativas tão elevadas.

Mas há um desafio mais imediato, colocado ao PT: conseguir explicitar às pessoas que esse projeto de Brasil que está dando certo pode e deve ser realizado igualmente em âmbito municipal.

As eleições para prefeito estão próximas e nossa tarefa é fortalecer o diálogo com a população, mobilizando a militância para mostrar que muitas experiências municipais serviram de base dos bons governos federais e que o conhecimento adquirido nos governos Lula e Dilma será fundamental para realizar boas administrações municipais.

*José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT.