PT e a China: Rui Falcão destaca escola de formação política do PC Chinês
A escola de formação política do Partido Comunista Chinês; o planejamento urbano pelo governo e a valorização da história foram alguns dos pontos destacados por Rui Falcão, em entrevista, após a viagem que a comitiva petista fez para a China no início deste mês. Confira abaixo o que disse o presidente, ou assista a íntegra no programa Conversa com o Presidente, da TVPT.
Presidente, qual sua avaliação sobre a viagem para a China?
A escola de formação política do Partido Comunista Chinês; o planejamento urbano pelo governo e a valorização da história foram alguns dos pontos destacados por Rui Falcão, em entrevista, após a viagem que a comitiva petista fez para a China no início deste mês. Confira abaixo o que disse o presidente, ou assista a íntegra no programa Conversa com o Presidente, da TVPT.
Presidente, qual sua avaliação sobre a viagem para a China?
Estivemos lá com a delegação da Executiva Nacional e foi uma viagem bastante proveitosa. O seminário consistiu basicamente de uma avaliação nossa sobre os partidos de esquerda e governos de esquerda na América do Sul, e a visão comum que os dois partidos têm a respeito da crise mundial, e como os países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se situam diante dessa crise. Fizemos também um rápido relato das conquistas do governo Lula e do governo Dilma no nosso país, pois eles estavam muito interessados nisso. E também ouvimos deles como avaliam o processo de desenvolvimento da China, a construção do socialismo com peculiaridades chinesas e o conceito deles a respeito de desenvolvimento cientifico e tecnológico. Conhecemos também a Escola de Formação Política do Partido Comunista da China na qual cada dirigente, a cada cinco anos, têm que passar por lá para fazer uma atualização e uma reciclagem, e vimos todo o planejamento urbano dos próximos anos para a cidade Shangai, que é a cidade da China com 23 milhões de habitantes. Visitamos o local onde se realizou o primeiro Congresso do Partido Comunista da China com a presença do Mao Tse Tung , eram 13 delegados e têm toda a reconstituição com ícones, fotos e documentos, pois eles preservam muito a história. E a par disso conhecemos a grande Muralha, a cidade proibida que ai já é mais um pouco de turismo e de conhecimento da história da China. A China têm um bilhão e trezentos milhões de habitantes e eu calculo que haja hoje um mercado e um consumo por volta de quatrocentos milhões, que já foi um grande avanço. E essa troca de experiência de partido é muito importante. Nós não quisemos nos afastar mais tempo do Brasil, até porque temos um ano eleitoral pela frente, e temos que enfrentar os problemas da crise mundial que repercute aqui no nosso país e também dar sequência as tarefas do 4º Congresso extraordinário no PT.
O que dá para dizer sobre a formação política dentro do Partido Comunista Chinês, e o que dá para trazer para dentro do nosso Partido dos Trabalhadores?
Eles se mostram muito interessado no nosso processo de formação à distância, pela internet, pois eles trabalham mais com formação presencial, embora, também possam trabalhar com formação a distância. Mais é incomparável porque lá eles são um partido no poder, e o partido se confunde com o estado e com os governos, e eles têm muito mais estrutura, eles tem escolas espalhadas pelo país todo. Mas de qualquer maneira nós vimos como funciona a escola, e essa ideia da reciclagem eu achei muito positiva. E que nós possamos fazer aqui os nossos dirigentes periodicamente participar dos nossos seminários, ciclos de debates e mesmo de acompanharem alguns cursos que a nossa escola de formação promove, acho que seria uma experiência similar.
Em termos de administração, o que dá para trazer para o Brasil da experiência chinesa em relação ao governo? O que dá para se espelhar nos chineses?
Olha, naquilo que se pode assimilar dadas as diferenças históricas e culturais, o governo Lula deu vários passos nessa direção, que é o papel do planejamento, os governos anteriores ao esvaziarem o estado tinham deixado de lado qualquer tipo de planejamento. Então eles trabalham lá rigorosamente com planejamento, planejamento urbano, planejamento das construções e planejamento de longo e médio prazo também. O que fica mais facilitado pelo fato de lá haver um processo de escolha dos dirigentes, totalmente diferente do nosso, pois nós temos eleições gerais a cada quatro anos aqui. E mesmo assim o governo Lula recuperou o papel do planejamento nas atividades do governo e recuperou também o papel do estado como indutor do desenvolvimento que lá isto é levado à exaustão.
Presidente tem mais algum assunto que o senhor queira falar sobre a viagem?
Eu acho que nós devemos prosseguir nessas viagens de troca de experiência e a nossa Secretaria de Relações Internacionais deve apresentar agora, um planejamento para o ano que vêm, e provavelmente nós iremos à Venezuela, Cuba e nós temos que nos preparar para Rio+20. E têm a possibilidade de mais um tipo de diálogo a analisar durante a reunião dos países do G20. Então são momentos em que a par de reuniões dos governos, você pode também ter troca de experiência entre os partidos desses governos.
Confira entrevista completa com o presidente sobre viagem da comitiva do PT à China no Portal PT.