CUT: há avanços importantes e desafios pela frente
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, afirmou que o Brasil avançou na valorização do trabalhador e no trabalho formal, o que deve ser lembrado neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Ele também defendeu medidas para evitar a rotatividade da mão-de-obra.
Informes – Qual sua avaliação do momento do Brasil neste 1º de Maio?
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, afirmou que o Brasil avançou na valorização do trabalhador e no trabalho formal, o que deve ser lembrado neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Ele também defendeu medidas para evitar a rotatividade da mão-de-obra.
Informes – Qual sua avaliação do momento do Brasil neste 1º de Maio?
Artur Henrique – Temos muito a comemorar em relação à geração de emprego no Brasil, fruto da luta das centrais sindicais pelo projeto de valorização do salário mínimo e resultado das políticas sociais do governo. Nós tivemos um resultado concreto de recordes de empregos gerados com carteira assinada: estamos atingindo mais de 12 milhões dos trabalhadores no governo Lula com carteira assinada, temos mais de 50% da população economicamente ativa no mercado formal de trabalho, o que representa um avanço muito importante.
Informes – Para frente, qual a expectativa?
Artur Henrique – Ainda temos problemas no mercado de trabalho brasileiro. Temos uma alta informalidade, e esse é um tema que queremos aprofundar no próximo período. Temos também uma alta rotatividade de mão-de-obra. Infelizmente, nós não temos no país uma legislação como nos países desenvolvidos, onde se estabelece uma lei que proteja o trabalhador contra demissão sem justa causa. O que acontece hoje é que temos 12 milhões de pessoas que entraram no mercado de trabalho, mas os empresários demitem trabalhadores que ganham R$ 1 mil ou R$ 1,5 mil para contratar outro por R$ 600. Então, a redução de custo se dá pela rotatividade da mão-de-obra.
Informes – Como evitar isso?
Artur Henrique – Para nós a solução é a aprovação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que cria regras pelas quais o empresário, para demitir um, dois, cem trabalhadores, tem de explicitar o motivo para o sindicato: prejuízo da empresa, fechamento de setor etc. Não como é hoje, que se tem uma liberdade total de contratação e de demissão.
Publicado no boletim Informes de 1º/5/2010