Folha mostra o que vem por aí na campanha eleitoral de 2010
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A manipulação canhestra dos fatos realizada pela série de matérias publicadas nesta sexta-feira (27/11) pela Folha de S.Paulo no caderno Brasil sobre o filme Lula, o Filho do Brasil, mostra o desserviço que parte da imprensa tradicional vem prestando ao povo brasileiro, no seu direito à informação.
A comparação entre o roteiro do filme produzido por Fábio Barreto e o livro Lula, o Filho do Brasil, de autoria de Denise Paraná publicado pela Editora Fundação Perseu Abramo é capciosa, apesar das explicações dadas pelo próprio diretor do filme e da autora (e co-roteirista do filme em questão) sobre a natureza distinta de uma obra cinematográfica e um livro biográfico mais extenso – tanto em quantidade de informações -, que trata da figura do atual presidente do Brasil.
Raramente uma adaptação cinematográfica de biografias dá conta de toda a complexidade de um biografado, neste caso de Lula, o filho do Brasil, não seria diferente, já que trata-se da liberdade de criação e da multiplicidade de visões sobre os fatos descritos. Mas mostrar tais “lacunas” como sendo “omissão” ou “encobrimento” de uma figura heróica é, no mínimo, extrapolar os limites do bom senso.
O jornal tenta, por meio dessa matéria, "plantar" o escândalo em relação à vida do presidente da República, ao citar passagens da vida de Lula que teriam sido omitidas do livro original da autora. O jornal aproveita ainda, para publicar depoimento de um ex-militante da esquerda brasileira que foi contestado durante todo o dia pelos citados.