Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo e reproduzida pelo O Globo de hoje, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter falou sobre temas como a atuação política de Hugo Chavez, a posição do Brasil no mundo, a política externa americana para a América Latina e também sobre a importância da democracia na região.

Carter afirmou que os ataques de Chavez aos Estados Unidos são legítimas porque seu país sabia ou teve envolvimento direto no golpe que derrubou o presidente venezuelano em 2002. Ao mesmo tempo que reforça a legimitidade das eleições que conduziram Chavez ao poder, Carter se diz decepcionado pela dominação crescente que o venezuelano vem exercendo, o que estaria levando a Venezuela a ter um governo mais autoritário.

Sobre a América Latina, Carter afirmou que ao assumir a presidência dos Estados Unidos a maioria dos países da região estavam sob ditadura e que esta foi a motivação para que abraçar a causa dos direitos humanos em todo o mundo. Ao ser indagado sobre a política externa dos EUA nas América Latina, o ex-presidente afirmou que “não foi dada a devida importância à região no governo passado nem é dada no atual, sobretudo quanto às oportunidades que os Estados Undios têm de desempenhar um papael igualitário e de respeito mútulo”. Sobre os conflitos na região, ele disse que são mais evidentes agora, quando pessoas até então excluídas passaram a ter papel relevante, com maior nível de influência e autoridade. Tudo isso graças às eleições. Ele cita o exemplo do Brasil.

Ainda sobre o Brasil, Carter disse que a influência que o país tem é legítima e que o Brasil “é uma grande nação, dedicada à liberdade e à democracia, com um compromisso com os dreitos humanos, e que está capitalizando suas possibilidades econômicas”. Ele ficar feliz ao ver o Brasil estará na próxima reunião do G20, ao lado de outras nações importantes do mundo.

Com O Globo e El Tiempo