A segunda etapa da pesquisa Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil, realizada pela Fundação Perseu Abramo/Núcleo de Opinião Pública e o Instituto Rosa Luxemburgo Stiftung, tem subsidiado o debate sobre a diversidade sexual e o preconceito em várias cidades do País na semana de mobilização pelo combate à homofobia – entre os dias 11 e 17 de maio. Gustavo Venturi, coordenador da pesquisa, apresentou dados inéditos em seminários públicos realizados em Fortaleza, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba.

Está prevista ainda a apresentação da pesquisa no próximo dia 25/05 em Belo Horizonte, quando também haverá o lançamento do livro Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT, de Júlio Assis Simões e Regina Facchini, publicado pela EFPA. O evento em Minas acontece às 18:30hs, na Escola Superior Dom Helder Câmara. Rua Álvares Maciel, nº 628, Bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte.

Nesta etapa da pesquisa , que vem a público agora, foram entrevistados mais de 400 pessoas – gays, lésbicas e bissexuais – moradoras de 9 regiões metropolitanas brasileiras, sobre identidade sexual, violência, preconceito e ações de prevenção. Cinqüenta e nove por cento dos/das entrevistados/as já sofreram preconceito provocada pela identidade sexual e 47% já sofreram algum tipo de violência verbal, moral ou psicológica, 10% sofreram ameaças e 7% foram agredidos fisicamente. O Estado deve criar políticas públicas de combate à discriminação em todos os setores e garantia dos direitos civis de gays, lésbicas e bissexuais, afirma a maioria (70%) dos entrevistados. Para 33%, os poderes públicos combater a homofobia, por meio de leis e para 21%, por meio de campanhas de conscientização nas escolas e na mídia.

Iniciativas pelo Brasil

O governo federal lançou, no último dia 14. o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais(confira aqui), com 50 diretrizes de políticas públicas a serem aplicadas em diversos setores, como o judiciário e o de saúde – plano este que atende às reivindicações históricas do movimento LGTB brasileiro.

No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral determinou às delegacias do Estado que incluam, a partir de junho, a opção homofobia como motivador de crimes nos boletins de ocorrência. Também foi empossado o Conselho Estadual dos Direitos da População LGTB, formado por representantes do poder público e da sociedade civil, com o objetivo de propor e fiscalizar ações públicas voltadas para esta comunidade.

Saiba mais:

Conheça o livro Na trilha do arco-íris clicando aqui.